domingo, 26 de setembro de 2010

Gambiarra Flash - O Grito do Elefante 26 de setembro por Rodrigo Bico



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Gambiarra Flash Grito do Elefante 26/09/2010 photosetGambiarra Flash Grito do Elefante 26/09/2010 photoset



A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma




Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais”, onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido a mais alta autoridade do país, ao Presidente Lula. Nele veem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma), “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes, nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo -Jeca Tatu-; negou seus direitos; arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação; conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados, de onde vem Lula, e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e para “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas, importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, ao fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA, que faz questão de não ver; protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e, no fundo, retrógrado e velhista; ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das más vontades deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cineclube Boi de Prata com o filme "Tapete Vermelho"


Boi de Prata 16_09, upload feito originalmente por Rodrigo Bico.

Quinzinho (Matheus Nachtergaele) mora em uma roça bem distante de qualquer cidade grande. Decidido a cumprir uma promessa, ele decide levar seu filho Neco (Vinícius Miranda), de 9 anos, para assistir a um filme estrelado por Mazzaropi em uma sala de cinema, assim como fez seu pai quando era garoto. Desejando cumprir a promessa a qualquer custo, Quinzinho, sua esposa Zulmira (Gorete Milagres), Neco e o burro Policarpo viajam pelas cidades em busca de um cinema que possa exibir o filme.


elenco:

* Matheus Nachtergaele (Quinzinho)
* Vinícius Miranda (Neco)
* Gorete Milagres (Zulmira)
* Rosi Campos (Maria) Aílton Graça (Mané Charreteiro)
* Jackson Antunes (Gabriel)
* Paulo Betti (Aparício)
* Débora Duboc (Sebastiana) Paulo Goulart (Caminhoneiro) Cássia Kiss (Tia Malvina)
* Cacá Rosset (Dono de cinema)
* Yassir Chediak (Seu Renato)
* Fernanda Ventura (Benedita)
* Manoel Messias (Adão)
* André Ceccato (Gumercindo)
* Martha Meola (D. Rosa)
* Cacá Amaral (Seu Marcolino)
* Cid Maomé (Zé Pirambêra)
* Delmon Canuto (Alberico)
* Duda Mamberti (Turco do armarinho)
* José Antônio Nogueira (Ico)
* Zé Mulato (Violeiro no Bar do Ico)
* Cassiano (Violeiro no Bar do Ico)


ficha técnica:

* título original:Tapete Vermelho
* gênero:Comédia
* duração:01 hs 40 min
* ano de lançamento:2006
* site oficial:http://www.filmetapetevermelho.com.br
* estúdio:LAPFILME Produções Cinematográficas Ltda.
* distribuidora:Pandora Filmes
* direção: Luiz Alberto Pereira
* roteiro:Luiz Alberto Pereira e Rosa Nepomuceno
* produção:Ivan Teixeira e Vicente Miceli
* música:Renato Teixeira
* fotografia:Uli Burtin
* direção de arte:Chico de Andrade
* figurino:Carol Li e David Parizotti
* edição:Júnior Carone

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Grito do Elefante com Caio Padilha e Júlio Lima


O Grito do Elefante 12_09, upload feito originalmente por Rodrigo Bico.

Segundo o dicionário, grito significa "som alto e agudo" : berro. Assim como,gritar significa" dizer alguma coisa a álguém em voz muito alta" foi com esse intuito de "berrar bem alto para ser ouvido" que os músicos Júlio Lima e Letto idealizaram o "grito do elefante" numa tentativa de acordar os ouvintes e apreciadores de música, para oque se é produzido em solo Potiguar.bem como,resgatar ou mesmo impulsionar uma valorização da música Potiguar dentro e fora do nosso estado. pois, devido a qualidade de seus artistas O RN não fica devendo em nada, tanto no âmbito nacional,como no Âmbito cosmopolita.


o grito nasceu da vontade desses artistas, que mais parecem" rádios de pilha a circular" como diz a própria composição" grito do elefante" num comparativo ao espaço e importância ao que se é dado aos artistas autorais em nossa cidade. que, apesar de uma efervercência musical e artística muito grande, são esmagados pela música cover e por todo som que vem de fora.

O grito é um despertar. um renascer. um apelo musical a todo e qualquer ouvido que queira degustar décibéis autorais. Um chamado
a todos que queiram acordar através dos acordes e se redescobrir em sua própria terra. pelos caminhos melódicos e harmônicos de um RN tão rico, porém desvalorizado. Gritemos então para que se quebre com sons essa redoma cultural imposta sobre o nosso estado que nos impede de dividir com o Brasil e de beber de nossa própria fonte.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A desleal fábula de um Guerreiro ferido por sua espada




Com sua espada na bainha o pobre Guerreiro observa o horizonte a sua frente, em meio a um terreno devastado pela incerteza e desconfiança, capazes de derrubar báobás quatrocentenários e de feri-lo ferozmente.

De seu semblante é retirado uma lágrima de dor, rugas deixadas por rusgas entaladas na garganta e uma expressão facial de perseverança, apesar de seus escudos já desgastados.

Famoso por sua fama de empurrar sua espada em pontos vitais de dragões, retirando-lhes suas vidas para que a sua continue a ter razão de existência. A cada dragão derrubado surge um outro maior a querer lhe devorar... e o Guerreiro que numa batalha anterior teve que derrubar dois grandes drákons, devido a ausência de um outro guerreiro do mesmo vilarejo, encontrou-se cansado para outro dia de batalha, dormiu sobre sua própria lâmina e feriu-se de maneira infeliz e distraída.

A dor o fez acordar subitamente a procura de um novo Dragão, para tentar cessar o sangue que derramara sobre sua armadura encardida. Seu olhar continuou teso ao horizonte.

Gritou aos que não o ouviam: "Que venha mais um réptil cospidor de fogo, que venha mais um descuido de mim, que venha esse mar revolto que se faz vivo em meu crânio e que venham Ogros, Ciclopes, Amazonas e Cavalos Gregos"

Ele estará lá.

Firme. Sangrando. Perseverante. Leal e capaz de destronar qualquer ditador que cruze o reflexo da sua arma que um dia quase lhe matou.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Gambiarra do artista Trabalhador


gambiarra01_05_10, upload feito originalmente por Rodrigo Bico.

Galera, vamos curtir esse gambiarra aqui no TECESol, e jogar um futebolzinho também!!!

Abraços do Bico

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Passarinhos



Parece que hoje eles cantam mais forte

ontem foram os tambores que soaram quase sem parar
depois de se queimarem no fogo fátuo a beira mar

Mas são eles que cantam mais forte
mesmo depois de foguetes rasgarem o céu e romperem
as mais distantes barreiras do som
atrapalhando qualquer tentativa de um cantar sublime

mas ainda assim eles se juntam e cantam mais forte
em grande revoada pelos ares intransitáveis
em canto e dança, muito mais sincronizados de que uma
sofisticada esquadrilha da fumaça

e eles cantam não apenas por cantar
mas porque hoje é dia daquela menina que completa ano
hoje é dia da avó que parte para um sono mais tranquilo
dia de iniciar uma revolução
dia da plenitude da lua ao anoitecer
e de dormir pensando no cântico dos passarinhos
no próximo amanhecer
e de esperar a melodia que rege nosso bailar desentoado da vida.

O Bizarro Sonho mais esperado está de volta...

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Teia de rostos e cores diferentes

Um tempo pra esperar o tempo passar
enquanto isso dediquei-me a observar o rostos que me apresentavam
traços que nunca havia visto de tão perto

Negros de almas reluzentes
Índias de olhos atrevidos
Brancos quase que enegrecidos

Chapéus que se transformam em cada cabeça
Sotaques que se misturam e algaraviam o tempo
Ritmos e instrumentos que se somam em um só cantar

O cantar de um povo que dança e grita
de um povo que sonha
de um povo que constrói centenas de Brazis

E que tece uma história
onde a nossa cultura protagoniza revoluções
Ocupando nossos territórios
e fazendo da diversidade de nosso povo
nosso maior trunfo de união.

Fortaleza, Ceará 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Gambiarra neste próximo Sábado com poesia, teatro e música

Oficinas de Teatro e Dança Contemporânea

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Faltam-me as palavras

Faltam-me palavras pra discorrer sobre mim
talvez hoje não saiba bem descrever como me encontro

Se estou despido de pudores ou cheio de educações reacionárias
Se amo o sol ou lua, os anjos ou os diabos, o sal ou o açúcar

Os astros não me dizem nada
O mar me parece o mesmo a cada dia
as ruas continuam cheias de pessoas a caminharem sem destino
Meus amigos já não mais escrevem poesias
Os Teatros continuam lotando em noites de nãoteatros
As Bailarinas continuam a bailar
e eu continuo a bailar com elas

Me acho o mesmo de sempre,
mas não sei falar de mim
Tudo muda e continuo a ser o mesmo
mas não tenho palavras pra falar de mim

Pararei de tentar falar de mim
e passarei a falar dos outros
Me conheço demais.

Assim, falarei de quem não conheço nada
Para que surjam palavras incoerentes
e possivelmente mentirosas
e consequentemente poéticas.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Uns risos


Mal sabe uma mulher
o poder que ela exerce sobre alguém
quando destila um riso

As vezes sai até de canto de boca
feito veneno de cascavel
mas é forte feito a gota
doce, doce feito mel

Tira qualquer um de tempo
fazendo-nos pensar besteiras
me dá um contentamento
me faz perder as estribeiras

Sou um grande louco
admirador de um grande sorriso
se soltá-lo falta pouco
pra eu pular de um precipício.

vou terminando essa homenagem
pra aquelas que soltam risos
ficando com aquela imagem
de me jogar num grande abismo


Brasília-DF

quarta-feira, 3 de março de 2010

Facetas na Teia 2010 - Fortaleza-CE



Hoje saiu o resultado da mostra artística da TEIA 2010 (Encontro Nacional dos Pontos de Cultura) que ocorrerá no complexo cultural Dragão do Mar em Fortaleza e recebemos com muita alegria a participação do nosso Grupo, o Facetas, Mutretas e Outras histórias com o nosso espetáculo O Bizarro Sonho de Steven. O Facetas começa a ganhar asas e alçar vôos. Obrigado a tod@s aquel@s que contribuem para esse processo multifacetado em que estamos vivendo.


Estarei lá como representante estadual dos Pontos de Cultura, como Tuxáua (articulador/Projeto aprovado) e agora como ator, a coisa que mais gosto de fazer nesse mundo, o meu verdadeiro porto seguro e aquilo que me move enquanto ser vivo, de resto é só alegria e combustível pra tocar meu trabalho.


"Eis a Poesia e a desgraçada vida dos sonhos"

foto: Maurício Cuca

segunda-feira, 1 de março de 2010

Podes ir...

Vai lá
resolve tuas coisas,
teus estudos sistemáticos
tuas paixões intermináveis

depois
resolve a fome que assola os países pobres
as catástrofes homonaturais que matam milhares
as guerras por petróleo em que colocam a culpa em divindades

depois
resolve a comida do teu cachorro
a tua casa no sertão que beira um açude
tua nova profissão

aí por fim
tu me chamas pra tomarmos aquela pinga
comermos um pedaço de carne assada
e falarmos da vida dos outros.
Só assim falarei das coisas que andei resolvendo,
não menos ambiciosas do que as suas.

Mas quando chegarmos no assunto daquelas que nos infernizam
aí falaremos das mesmas coisas e riremos dos mesmos motivos.

que mudemos o mundo então...
podes ir.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O Gambiarra está de volta!!! 6 de março

O Projeto "Gambiarra: Espaço de experimentações artísticas" está de volta neste próximo sábado dia 06 de março a partir das 19 horas no TECESOL (Coeduc) sede do Grupo Facetas, Mutretas e Outras Histórias.

E o convidado gambiarrístico é o grupo de jovens atores e atrizes, o Grupo Janela de Teatro com o experimento Volta ao Ponto.

Confiram o cartaz de divulgação abaixo.

Beijos e até lá...



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cortina



E a lágrima escorre e sofro
Como todo ser vivente
Mas amanhã quando o sol voltar a raiar
Quando as cortinas mais uma vez se abrirem
Terei que estar pronto novamente
Para levar o riso as almas sedentas de amor
E a fuga catártica tão necessária as nossas vidas.


*Poesia já publicada neste blog mas q me deu vontade de republicar porque gosto muito dela, escrita por mim para o dia mundial do teatro de 2009.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Rapidinha...


Ontem disse a um amigo triste:

"Se Precipício fosse bom, todo mundo se jogava...
Cabe a seres (aventureiros e corajosos) como nós provar desta dolorosa tarefa"

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Estrela da Manhã


Sempre gostei muito desta poesia do poeta Pernambucano Manuel Bandeira, e talvez seja a nova a ser decorada para dar uma renovada no repertório. Apreciem e aguardem.

Estrela da Manhã

Eu quero a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã

Ela desapareceu ia nua
Desapareceu com quem?
Procurem por toda à parte

Digam que sou um homem sem orgulho
Um homem que aceita tudo
Que me importa?
Eu quero a estrela da manhã

Três dias e três noite
Fui assassino e suicida
Ladrão, pulha, falsário

Virgem mal-sexuada
Atribuladora dos aflitos
Girafa de duas cabeças
Pecai por todos pecai com todos

Pecai com malandros
Pecai com sargentos
Pecai com fuzileiros navais
Pecai de todas as maneiras
Com os gregos e com os troianos
Com o padre e o sacristão
Com o leproso de Pouso Alto
Depois comigo

Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas
[comerei terra e direi coisas de uma ternura tão simples
Que tu desfalecerás

Procurem por toda à parte
Pura ou degradada até a última baixeza
Eu quero a estrela da manhã.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fulmegância no pretérito perfeito


Depois de quase ter minha visão e meu corpo esturricados
Desta vez foi minha'alma que fez questão de pulular em fogo
um simples contato fez com que tudo em volta tomasse
um ar de incerteza

Meu corpo se demonstrou racional e firme
as pernas não titubearam
meus olhos se enrijeceram
minhas mãos não exalou uma gota de suor
(logo elas que são as primeiras a entregarem meu estado de conflito)

Mas dentro...
era tudo líquido, um cachoeira sem prumo
sem chão, esvaindo-se no universo
e quente, dilaceradora em seu rumar
e eu intacto, rígido
admiravelmente seguro de mim

mas dentro...
não existia nada que se sustentava
um terremoto sem placas tectônicas
sem atmosfera e, consequentemente, sem cores
e fora de mim nada transparecia
parecia estar em uma armadura medieval límpida e intacta

mas dentro...
um exército inteiro de bárbaros tentavam destruir
minhas paredes inalteráveis e seguras por fortes colunas de concreto armado

no ápice do encontro entre a cachoeira sem chão
do terremoto desterrado e do exército sem líderes
eu estava lá
inteiro e fumegante

Veio então a chuva
molhou-me por inteiro
porque eu me deixei ser molhado
como criança quando joga futebol e vem a chuva pra lavar o suor
como criança quando se joga na poça de lama do chão de barro
da rua da vovó

essa mesma chuva varreu exércitos, aprumou cachoeiras
e aterrou os terremotos

e aquela que me faz sonhar
esvaiu-se na chuva

ela que já me foi presente e me pareceu ser também futuro
fez questão de esconder-se da chuva, da aventura infante de sonhar
de me acompanhar neste banhar-se de vida
logo ela que sempre me pareceu tão dona de si

vi em seus olhos debaixo de uma sacada próxima
seu sentimento de fraqueza, de impotência
protegida por algo que não a sustentava
sua respiração que sempre me chamou atenção
demonstrou-se alterada
e percebi tudo isso de longe e após a chuva
em que fiz questão de lavar-me

e lavei-me...

assim, fez-se o pretérito
foi-se os sonhos
fecha-se mais um ciclo e
retorna-se ao velho de guerra

aquela que não entregou-se aos sonhos fumegantes da chuva ao meu lado

vez por outra me apareceu...

me abraçou...

e me fez sonhar.

Assim como diz um certo dramaturgo
Coloco um ponto final para que vocês não continuem lendo. Ponto.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Uma Porrada Carnavalesca e uma Sacolejada Cultural


"Uma Porrada Carnavalesca e uma Sacolejada Cultural¹" assim descrevo as sensações sentidos no carnaval pernambucano, a destacar a euforia de samba e frevo diurna na cidade histórica de Olinda e o multiculturalismo noturno e milionário do Recife antigo.

Quase fico sem mim em uma manhã de sol abafado e de pouco vento em meio a uma multidão que cantou "Eu fico com a pureza da resposta das crianças/ É a vida, é bonita e é bonita" e me fazendo atentar em lágrimas para as palavras do mestre Gonzaguinha, como nunca havia atentado. Destaco a criatividade das fantasias o do excesso de gente se divertindo, cantando e dançando, blocos dos mais variados, as vezes até repetitivo. Um calor cinético gerado por um carnaval olindense.

Vi ainda o Zeca Pagodinho em noite em que não se conseguia nem andar no Marco Zero da capital pernambucana, vi ainda Otto, Lenine e um pouco de Jorge Benjor. Mas destaco a noite da segunda feira em que escutei os Tambores Silenciosos (pois não pude ver com tento gente disputando um vaga, preferi não me estressar e ficar em um lugarzinho calmo) e chorei e me arrepiei com os cânticos, as batucadas e orações, logo eu que sou tão cético, após isso pude ver o maravilhoso repertório do produto Pop do neosamba brasileiro, Diogo Nogueira, e o aclamado Dudu Nobre com seus sambas de muleque sambista e compositor.

Mas deixo o Show de Antonio Nóbrega como o resumo de meus quatro dias de folia, fui velho e fui menino, mas fui mais menino, estava acompanhado de um "amor-não-de-carnaval", dancei, cantei e pulei, emocionei-me como a muito não me emocionava, fervi e frevi num friviado só.

Fui também enfermeiro, ator e político, mas o que mais fui foi ser Criança, me misturei a elas e fui aluno delas também, me ensinaram a dar tesouras e a passar a sombrinha por debaixa dos joelhos, a maquiar-se e por fantasias.

Fiz questão de não vestir fantasias, apenas pus em minha cabeça, fantasiei uma vida toda e volto pra minha terra natal, cheio de ideias, sonhos, gritos e aprendizados.

Metaforizados na invasão do Bloco ACORDA em nossa varanda desconfortável após uma noite de grandes conquistas.

ACORDA!!! ACORDA!!! ACORDA!!!

______________________________________________
¹Sacolejada e Porrada foram palavras utilizadas por Chico Geudes e Henrique Fontes, respectivamente, a respeito do espetáculo O Bizarro Sonho de Steven, apenas apropriei-me por elas estarem muito fortes em minha cabecinha pensante

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A Menina que queria entrar na Tuba

Eu só queria ter a certeza de que eu poderia me jogar lá dentro, dar uma volta em todas suas particularidades, ouvir todos os sons graves e baixos emitidos por ela, como se eu entrasse em um tobogã sonoro e de metal, curiosa por saber as cores que tem os sons e os desenhos formados por eles.

E sair só no último sopro do músico que toca e que rege o instrumento de meu encanto.

Posse dos Diretórios do Partido dos Trabalhadores


O que diferencia o PT de outros Partidos?

Umas das coisas que me chama a atenção e que me faz ser filiado ao mesmo é o poder democrático exercido por cada filiado, internamente nas escolhas dos diretórios do partido, em âmbitos municipal, estadual e federal, e nas atuaçõe sdentro das tendências.

Vão existir aqueles que dirão que outrora resisti a filiar-me ao PT extamente por causa das tendências, mas muito mais por não entendê-las dentro desse processo de democracia interna, e que reverbera externamente, principalmente nos avanços do Governo Lula.

No último sábado fui convidado a mediar a cerimônia de Posse dos diretórios municipal (Natal) e estadual, com Fernando Lucena e Eraldo Paiva assumindo, respectivamente, as cadeiras de Presidentes destes diretórios.

Como de minha característica e aliado a Ricardo Buihú, fizemos com poesia e diversão a posse do PT, com presenças importantes para o pleito a governo do estado para as próximas eleições como Carlos Eduardo (PDT) e Iberê Ferreira (PSB), destaco a ruim oratória do primeiro e a lábia excessivamente elogiosa e cheia de interesses do segundo.

Assumo minha preferência pelo primeiro, pela sua administração frente a Prefeitura de Natal, que de longe, considero uma das melhores que nossa cidade já teve, destacando a importância da SEMPLA (Secretaria Municipal de Planejamento) dirigida pelo Partido dos Trabalhadores na Pessoa de Virginia com Secretária, instalando o Orçamento Participativo que foi enchotado em caixas vekhas e jogado em algum lixão pela atual administração da Prefeita Mircala de Sousa.

A Iberê, nos resta ter mais um Neooronel a frente do Governo do Estado, como vem sendo Vilma de Faria. Mas esperaremos as decisões a nível nacional para tomarmos nossas decisões.

De uma coisa tenho certeza, não podemos retroceder e eleger uma candidata de um partido que entra em falência a cada eleição, se afundando em corrupção e difundindo princípios neoliberais.

Que possamos olhar pra estrela e percebermos que ela está cada vez mais forte e que esse brilho façam rosas florirem em nosso estado.

Quanto a posse, parabéns ao Partido dos Trabalhadores, parabéns também pelos seus 30 anos de conquistas e avanços para o Povo Brasileiro.

Fumegância (II)


Desta vez foi meu corpo que se queimava em brasas
sem que elas existissem
Meu corpo queimava e me enchia de um prazer incontrolável
de não saber nem como chegar em casa, se é que ela passou a existir

minha pele fumegava e fazia com que meus sentidos delirassem,
fazendo do olhar um sentido secundário.

Minha pele sentiu a neve cair quando o sol jorrava rajadas de fogo
minhas pernas não sustentavam o peso tonelável de meu corpo
meu rosto não parava de disparar sorrisos e beijos ao relento
quase sem explicações

meus ouvidos transformaram-se em absolutos
escutavam o mais distante tilintar de sinos
o bater de asas dos colibris
o coração de uma criança ainda no ventre materno
e identificava a transição de cada nota musical emitida pela natureza

Senti o sabor desconhecido de amoras
da carne preparada pelos nossos ancestrais
e senti o cheiro da larva vulcânica que entranhava em minhas narinas
aumentando todo esse fumegar
senti o cheiro do perfume do poeta chileno e do comunista russo
e senti o doce cheiro de uma menina bonita e de sorriso dócil
de carinhos apertados e de poesia na voz
de olhos tesos que fitam os meus

E que aumentou ainda mais esse fumegar estranho
mais uma vez ela me apareceu
mas só que dessa vez me pareceu mais entregue
mesmo com seus conflitos, tive a breve certeza de que a tinha em minhas mãos
e mesmo parecendo que ela nunca havia sido tão minha
a dúvida se ela me apareceria novamente tornou-se maior

de súbito, a fumegância parou e minha casa apresentava-se na minha frente
todo esse fogo me trouxe a meu lar e me fez deitar e sonhar com coisas simples e dóceis...

Espero que vez ou outra essa menina me apareça...


me abrace...


e me faça sonhar...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Fumegância

Meus olhos andaram meio que estranho nos últimos dias
Vi coisas que não podia e quando toquei não eram o que me apresentavam
Também vi borboletas em chamas, cortando o ar em vôo rasante
Enquanto vacas afogavam-se em grandes lamaçais no asfalto.

Vi ainda um tornado de folhas amareladas que levavam ao céu
os sonhos perdidos das crianças e no meio deles havia um que deixei
na páginas amareladas do meu passado.

Vi um povo cantando na rua, de rostos pintados e carícias mútuas
vibrando com o alvorecer estranho da noite clara

Vi tudo isso e apertava minhas mãos sobre meus olhos
na esperança de entender todas aquelas coisas que me eram apresentadas
e quando de súbito, sem que menos esperasse

Eu vi a menina bonita e de sorriso dócil
de carinhos apertados e de poesia na voz
de olhos tesos fitando os meus

Parei de esfregá-los
gravei para sempre aquela imagem na minha vasta memória
até que meus olhos parassem de fumegar.




Vez ou outra a menina me aparece...


me abraça...


e me faz sonhar...



segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Homem D'ocio escrito por Marcio Franco

Homem d'ócio
Escutai Júlio Lima
Não há mais clima
Para o ofício
E sequer resquício
Da forma natural
Já que tudo se transforma
E muito está artificial

Homem d'ócio
De morte precoce
De um tudo distorce
Por nada permanecer
Cansado de sofrer
Descansa nas coxas
Nos seios das moças
E cai em sono fatal

Homem d'ócio
De visão apurada
Audição aguçada
A língua contida
Tal qual reprimida
Perde-se em pensamentos
Lamúrias lamentos,
De um pobre mortal

Homem d'ócio
Caia na real
Pensas ter moral
No máximo a ilusão
De quem quer um coração
E mostra-se valente
Diante de sua gente
Prá ela um jogral

Marcio Franco em homenagem a mim, mesmo sem concordar muito eu coloquei aqui.
Abraços meu 55º melhor amigo!!!

A Ida ao Teatro

Não percam nesse fim de semana na Casa da Ribeira!!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Bico por Karinna frança

Em meio a um montão de coisas que surgem na Internet, fiquei muito feliz de ler um texto em que falam de mim. Não coloco o link aqui apenas porque fala de mim, mas porque é muito bem escrito e que leio sempre que posso com muito carinho.

http://causabemdeterminada.blogspot.com/2009/11/querido-bico.html




Obrigado Karinna pelas palavras...

2009 se foi para que venha 2010

O ano de 2009 se encerrou de maneira muito feliz pra mim, depois de muitas conquistas durante o ano como a montagem do espetáculo O Bizarro Sonho de Steven, da apresentação de mais uma série de Saraus na Aliança Francesa, da apresentação do Programa Diálogo de Juventudes da ONG Canto Jovem a ser exibido na TV Câmara, a apresentação da Caravana da Cidadania Cultural do MinC em Currais Novos e da publicação de minha poesia no livro do Secretário de Cidadania Cultural do MinC, Célio Turino, e da eleição de representante estadual dos Pontos de Cultura do RN, recebi as felizes notícias de que fui premiado pelo blog do Jornalista Alex gurgel (grandeponto.blogspot.com) como ator do ano no RN e de que fui contemplado com o Prêmio Tuxáua do MinC/SCC com o projeto Ponteio Articulado a ser desenvolvido nesse ano de 2010 e que vou visitar todos os Pontos de Cultura do estado, catalogando, registrando e articulando os pontos entre si e publicando esses dados num site de mesmo nome. e para brindar 2009 pude atuar no espetáculo a Festa do Menino Deus com texto de racine Santos, Música de Danilo Guanais e direção do amigo João Marcelino. O ruim é que ainda não recebi o cachê desse mesmo espetáculo.

Beijos e Abraços a Todos e todas, e um 2010 de muitas realizações para todos nós.