domingo, 26 de setembro de 2010

Gambiarra Flash - O Grito do Elefante 26 de setembro por Rodrigo Bico



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A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma




Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais”, onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido a mais alta autoridade do país, ao Presidente Lula. Nele veem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma), “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes, nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo -Jeca Tatu-; negou seus direitos; arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação; conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados, de onde vem Lula, e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e para “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas, importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, ao fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA, que faz questão de não ver; protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e, no fundo, retrógrado e velhista; ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das más vontades deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cineclube Boi de Prata com o filme "Tapete Vermelho"


Boi de Prata 16_09, upload feito originalmente por Rodrigo Bico.

Quinzinho (Matheus Nachtergaele) mora em uma roça bem distante de qualquer cidade grande. Decidido a cumprir uma promessa, ele decide levar seu filho Neco (Vinícius Miranda), de 9 anos, para assistir a um filme estrelado por Mazzaropi em uma sala de cinema, assim como fez seu pai quando era garoto. Desejando cumprir a promessa a qualquer custo, Quinzinho, sua esposa Zulmira (Gorete Milagres), Neco e o burro Policarpo viajam pelas cidades em busca de um cinema que possa exibir o filme.


elenco:

* Matheus Nachtergaele (Quinzinho)
* Vinícius Miranda (Neco)
* Gorete Milagres (Zulmira)
* Rosi Campos (Maria) Aílton Graça (Mané Charreteiro)
* Jackson Antunes (Gabriel)
* Paulo Betti (Aparício)
* Débora Duboc (Sebastiana) Paulo Goulart (Caminhoneiro) Cássia Kiss (Tia Malvina)
* Cacá Rosset (Dono de cinema)
* Yassir Chediak (Seu Renato)
* Fernanda Ventura (Benedita)
* Manoel Messias (Adão)
* André Ceccato (Gumercindo)
* Martha Meola (D. Rosa)
* Cacá Amaral (Seu Marcolino)
* Cid Maomé (Zé Pirambêra)
* Delmon Canuto (Alberico)
* Duda Mamberti (Turco do armarinho)
* José Antônio Nogueira (Ico)
* Zé Mulato (Violeiro no Bar do Ico)
* Cassiano (Violeiro no Bar do Ico)


ficha técnica:

* título original:Tapete Vermelho
* gênero:Comédia
* duração:01 hs 40 min
* ano de lançamento:2006
* site oficial:http://www.filmetapetevermelho.com.br
* estúdio:LAPFILME Produções Cinematográficas Ltda.
* distribuidora:Pandora Filmes
* direção: Luiz Alberto Pereira
* roteiro:Luiz Alberto Pereira e Rosa Nepomuceno
* produção:Ivan Teixeira e Vicente Miceli
* música:Renato Teixeira
* fotografia:Uli Burtin
* direção de arte:Chico de Andrade
* figurino:Carol Li e David Parizotti
* edição:Júnior Carone

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Grito do Elefante com Caio Padilha e Júlio Lima


O Grito do Elefante 12_09, upload feito originalmente por Rodrigo Bico.

Segundo o dicionário, grito significa "som alto e agudo" : berro. Assim como,gritar significa" dizer alguma coisa a álguém em voz muito alta" foi com esse intuito de "berrar bem alto para ser ouvido" que os músicos Júlio Lima e Letto idealizaram o "grito do elefante" numa tentativa de acordar os ouvintes e apreciadores de música, para oque se é produzido em solo Potiguar.bem como,resgatar ou mesmo impulsionar uma valorização da música Potiguar dentro e fora do nosso estado. pois, devido a qualidade de seus artistas O RN não fica devendo em nada, tanto no âmbito nacional,como no Âmbito cosmopolita.


o grito nasceu da vontade desses artistas, que mais parecem" rádios de pilha a circular" como diz a própria composição" grito do elefante" num comparativo ao espaço e importância ao que se é dado aos artistas autorais em nossa cidade. que, apesar de uma efervercência musical e artística muito grande, são esmagados pela música cover e por todo som que vem de fora.

O grito é um despertar. um renascer. um apelo musical a todo e qualquer ouvido que queira degustar décibéis autorais. Um chamado
a todos que queiram acordar através dos acordes e se redescobrir em sua própria terra. pelos caminhos melódicos e harmônicos de um RN tão rico, porém desvalorizado. Gritemos então para que se quebre com sons essa redoma cultural imposta sobre o nosso estado que nos impede de dividir com o Brasil e de beber de nossa própria fonte.