quarta-feira, 17 de março de 2010

Faltam-me as palavras

Faltam-me palavras pra discorrer sobre mim
talvez hoje não saiba bem descrever como me encontro

Se estou despido de pudores ou cheio de educações reacionárias
Se amo o sol ou lua, os anjos ou os diabos, o sal ou o açúcar

Os astros não me dizem nada
O mar me parece o mesmo a cada dia
as ruas continuam cheias de pessoas a caminharem sem destino
Meus amigos já não mais escrevem poesias
Os Teatros continuam lotando em noites de nãoteatros
As Bailarinas continuam a bailar
e eu continuo a bailar com elas

Me acho o mesmo de sempre,
mas não sei falar de mim
Tudo muda e continuo a ser o mesmo
mas não tenho palavras pra falar de mim

Pararei de tentar falar de mim
e passarei a falar dos outros
Me conheço demais.

Assim, falarei de quem não conheço nada
Para que surjam palavras incoerentes
e possivelmente mentirosas
e consequentemente poéticas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu sou sua amiga e escrevo poesia. Rá!

=P

Anônimo disse...

Acho que nunca lhe faltam as palavras...
Gostei muito!!!
Beijinhos!!!
Wanessa Fialho

Bruno Costa disse...

Senti uma certa reivindicação... espero poder refutar o quanto antes... abraço! Que a TEIA 2010 seja um sucesso!